ECOEFICIÊNCIA OPERACIONAL
 GRI 103-2, 103-3 

Para além dos benefícios ao meio ambiente que a existência do Sistema Campo Limpo propicia, o inpEV monitora os impactos de suas unidades e busca evoluir continuamente a ecoeficiência das operações.

Parte desse esforço é materializado com o atendimento às diretrizes de qualidade previstas na ISO 9001:2015. Em 2021, a certificação foi estendida a 36 centrais sob gestão do inpEV – no ano anterior, o escopo incluía 30 unidades. A certificação ainda considera os processos implementados no inpEV para a gestão das centrais, da etapa logística e da destinação final das embalagens e as atividades realizadas pelas áreas de suporte do Instituto (Qualidade, Recursos Humanos e Educação e Comunicação, entre outras).

Na nova central de Guariba (SP), está sendo construída uma usina fotovoltaica, cuja energia gerada poderá abastecer a própria unidade e as centrais paulistas de Araçatuba, Araraquara, Ituverava e São José do Rio Preto.

ECOEFICIÊNCIA NAS CENTRAIS

 GRI 303-1 

Para aumentar a ecoeficiência nas unidades, o inpEV desenhou um novo modelo arquitetônico, batizado de central sustentável, que prevê a implementação de soluções como captação de água de chuva e autogeração de energia solar. O novo desenho também foi projetado para melhorar a produtividade e assegurar o conforto térmico dos operadores.

As novas centrais de Araçatuba e Guariba, no estado de São Paulo, foram construídas seguindo esses preceitos. O modelo também foi adotado na nova central de Querência (MT), cuja obra já foi finalizada, e na reconstrução da central de Mirassol D´Oeste (MT), que está em andamento.

A recomendação do inpEV é que todos os projetos de construção, expansão ou reforma das unidades de recebimento do Sistema Campo Limpo incorporem, quando possível, todas ou parte das soluções de ecoeficiência previstas no modelo.

Outra central que conta com uma solução de ecoeficiência implementada há alguns anos é a de Unaí (MG). Os painéis solares instalados na unidade foram responsáveis por 83% da energia consumida pela central em 2021.

Energia e água  GRI 302-1, 303-3 

Em 2021, o consumo total de energia foi de 1.534,8 GJ, crescimento de aproximadamente 35% em comparação com 2020. O aumento se explica pela variação do escopo de cobertura do indicador em decorrência do Programa de Gestão Integrada de Centrais. Em 2020, o indicador considerou 29 centrais sob gestão do inpEV e, em 2021, 45 unidades. Na matriz, em São Paulo (SP), a queda no consumo foi de cerca de 20%.

O crescimento do consumo de água em 2021 – 13 mil m3 versus 2,7 mil m3 no ano anterior – também se deve ao escopo do indicador, que abrangia nove centrais em 2020 e saltou para 35 unidades em 2021. De maneira geral, as atividades realizadas nas centrais de recebimento não demandam grande consumo do recurso. Vale lembrar que o consumo de água da matriz não é calculado, pois o escritório está localizado em um condomínio sem medição individualizada.

CONSUMO DE ENERGIA (GJ)  GRI 302-1 

2019 2020 2021

Autogeração (energia solar)1

41,2 40,9 40,6

Aquisição de energia elétrica (centrais de recebimento)2

169,0 939,0 1.373,4

Aquisição de energia elétrica (escritório administrativo)

200,0 156,6 121,2

Total

410,2 1.136,5 1.534,8

1 Central de recebimento de Unaí (MG).
2 O escopo de monitoramento acompanha a ampliação das operações e considera as centrais que estiveram sob a gestão do inpEV durante todo o ano. Eram sete em 2019, 29 em 2020 e 45 em 2021.

Autogeração (energia solar)1 2(m3) GRI 303-3 

2019 2020 2021
Poço artesiano ND 1.239 10.348
Concessionárias de saneamento 494 1.455 2.678
Total 494 2.694 13.026

ND: dado não disponível.
1 As informações são parciais e se limitam às centrais gerenciadas pelo inpEV que contam com hidrômetro ou são atendidas por concessionárias de saneamento.
2 O escopo de monitoramento acompanha – com a limitação citada anteriormente – o crescimento das operações. Em 2019, foi considerada uma central de recebimento, nove em 2020 e 35 em 2021.

GANHOS AMBIENTAIS DO SISTEMA
 GRI 305-5 

Ao prolongar o ciclo de vida de materiais como o plástico, reduzir a extração de recursos naturais de origem fóssil e impedir que as embalagens vazias sejam destinadas de forma inadequada (queimadas ou enterradas), a atuação do Sistema Campo Limpo evitou a emissão de 899 mil toneladas de CO2e para a atmosfera entre os anos de 2002 e 2021. Na hipótese de o Sistema não existir e de essas emissões terem ocorrido, seria necessário plantar 6,5 milhões de árvores para compensá-las.

O estudo de ecoeficiência é conduzido anualmente pela Fundação Espaço Eco a pedido do inpEV. A análise tem sua metodologia revisada a cada quatro anos, garantindo a aderência às normas internacionais de avaliação de ciclo de vida de embalagens.

EMISSÕES

899 mil toneladas de CO2e evitadas (2002-2021), o que equivale a 16 mil viagens de caminhão ao redor da Terra.

75.589 toneladas de gás carbônico equivalente evitadas apenas em 2021.

ENERGIA

36 bilhões de megajoules de energia deixaram de ser consumidos, o suficiente para abastecer 5,2 milhões de casas durante um ano.

4 bilhões de megajoules de energia economizados apenas em 2021.

ÁGUA

225 milhões de litros de água deixaram de ser consumidos desde 2019, o que equivale ao consumo diário de 1,1 milhão de pessoas.

89,8 milhões de litros de água economizados apenas em 2021.